domingo, 24 de janeiro de 2010

Uma resposta qe demorô.‏

Eu não sei se é a chuva que está muito rala e fria. Ou se é o sol, que é quente de mais.
Nunca mais consegui explicar. Se o problema é sempre citar a mesma frase, eu paro com isso.
“Tanto tempo, tantas coisas.”
Tem sempre alguma coisa fora do lugar. Se é a luz qe está apagada ou o horário de verão qe está atrasado. Tem sempre alguma coisa fora do lugar, com a órbita fora de nexo.
O objetivo é arranjar um motivo pra ir embora. Um motivo pra ficar. Um motivo pra não falar. Um motivo pra se esconder.
É sempre o lugar errado na hora errada com pessoas demais pra te explicar poucos motivos. Motivos criados.
Eu gosto da pegada e odeio a insistência.
A confiança gasta e as tentativas inúteis de ‘não guardar’. Existe tanto rancor.
E as tentativas inúteis... pelos deuses, as tentativas inúteis. São carregadas de desprezos mofados e palavras bêbadamente confessadas.
Se é a falta de criatividade ou o excesso de poesia, eu não sei... o qe te dá mais medo?
Tédio confortável ou insanidade, loucura deliciosamente perigosa (pra quem receia morrer sozinho), qe envolve o corpo com movimentos repetitivos.
Lucidez é normal, insanidade custa caro.
Eu sinto minha pele revidar o qe meu subconsciente pede. Eu sei pelo tremor, é uma sensação antiga... Eu conheço de cor. E juntando com os pensamentos qe eu sei qe passam pela sua cabeça, é criado todo um barato que eu... Não consigo mais explicar. E se o problema é usar sempre a mesma frase, eu paro com isso.
Meus movimentos não são obedecidos. Arrepio e respiro devagar.
Eu também teria me afastado se fosse você. Foi bem mais simples.
Mais você sente a mesma sensação qe eu? De não estar vivendo o suficiente? O limite estipulado? Que poderia ser melhor, ser diferente?
E o qe mais irrita: ainda tem jeito. Mais está tão longe, e o jeito qe está agora... está dando tudo tão certo.
Mesmo estando onde você queria estar, ainda não faz o qe realmente quer fazer.
É tão estranho te ver fazer isso... sério mesmo.
Não sei se é pqe eu conheci você fazendo sempre o qe te desse na telha. O meu beija-flor inconseqüente (é... qe um dia foi tão só meu. Tão irresistível).
Eu sinto você fazendo coisas qe se não fossem feitas, você se sentiria um inútil, desolado, fraco, sem importância. Como se a vida ficasse sem sentido. Acostumado a ser imprescindível aos que procuram alguma resposta em você, ou àqueles que sempre dependeram das suas iniciativas. Que viram em você um espelho, um exemplo.

Credo... joga esse ego fora!

Por que te dá tanto prazer se ver sendo a solução aos que por natureza ou livre arbítrio são passivos e de índole obediente desejam alguém para lhes dizer o que fazer?

São mais de quatro horas da manhã...
Quer saber o que meu coração grita?
Ele grita baixinho o que você esta pensando... Quer ouvir?

“Quando te magoei por querer foi assim: o início do fim
Quando te feri sem querer, mesmo assim te perdi
Mesmo sem querer, perdi você mesmo assim
Sem querer partir, eu parti
Foi assim... Sem se despedir
Sem nenhum sinal de adeus
Eu fugi, escapei
Entrei em contradição
Pensei em controlar o coração
Pensei que podia controlar o coração.”

sábado, 9 de janeiro de 2010

Eu, você e os meus balões.

Já estava tudo mais ou menos pronto.
Você com os seus assuntos multicoloridos e eu com o meu tédio em forma de mistério.

Se isso te fascinava ou não, eu já estava cansada de chamar a sua atenção.

Até ali, eu era só mais uma.

Mais uma que você ficou hipinotizado ao tomar mais cervejas do que consegue pagar, mais uma que comprou jujubas e passou na sua frente na hora de pagar o caixa. Mais uma que se jogou nos seus braços com tanta dificuldade para tirar 10 centavos dos sapatos.
Mais uma.
É claro que isso acontece com você todos os dias.
Conhecidência? Destino? Lugar certo na hora certa? Eu chamo de um delicioso acaso progamado.
Seja como for, eu estava sempre ali. O tempo todo.
Comprando jujubas, tirando 10 centavos dos sapatos.
Os cabelos bagunçados, os óculos sujos, o caderno na mão. O tempo todo.
As vezes de cara amarrada, as vezes cansada, um pouco suada, que seja mal humorada.
Os tênis sujos, a meia encardida, a virilha por depilar, os dentes por escovar, as unhas por fazer ou um pouca cansada pra entender.
Se foi a pomba-gira que baixou ou o calton qe acabou... Vai saber o que rolou. Eu só sei que depois de uma noite inteira, você realmente me notou.
Se era pra ter sido só um beijo, só uma noite, três meses, uma eternidade... Quem se arrisca a dar palpite sem julgar a nossa criatividade? Se deixem levar pelo ar delicioso desse abraço apertado.
Quer saber? Deixa de lado.
A gente resolve depois se tiver algo errado.

O repertório não tinha sido repassado, e se tinha um repertório progamado, eu esqueci de representar o que quer que tenha sido combinado.
Vai ver foi por causa de um certo vinho barato
Me embriagaram pouco antes do ato e eu nem estava mesmo interessada nesse maldito teatro!

E depois daquelas jujubas comidas, esbarradas engraçadas, cigarro picado aceso, nos entregamos a um curioso e estranho desejo.
Se foi rápido de mais, já no dia seguinte conheci os seus pais, eu prefiro não pensar nisso mais.
Eu entendo bem do nosso tempo contado, cronometrado, das inumeras vezes que dormimos abraçado, de quantos beijos significaram: "Obrigado por estar ao meu lado."
Talvez nem tenha notado, ou eu tenha dormido em cima do seu ombro machucado... Vai saber o que te deixou mais irritado.
Mas é do charme que eu mais gosto. Do cheiro de cebola nos dedos, sujos de terra ou todo machucado.

Ah... Foi um doce te amar...
Doce, salgado, amargo, apimentado. A lá farofa com bife requentado.
Já estava tudo mais ou menos pronto mesmo.
Se isso te fascina ou não, eu já cansei de chamar a sua atenção.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

E se for pedir muito:

Abro meus olhos agora sem saber o que realmente sinto.
Se estou perdida ou se estou com medo do que realmente quero,
Simplismente prefiro que voce nao me ligue mais.
Por favor, não ligue.

E nos espelhos embaçados,
que transformam desejos em vontades encardidas,
Caminhos tão, tão, tão... diferentes.
Nos levando a objetivos comuns.

Medos, angustias, ressentimentos
e um simples pedido:
Por favor, não volte.
Aconteça o que acontecer, fique onde está.

Me visite em sonhos
Acalme minha alma
Me diga que tudo ficará bem
Só não alimenta esse vicío de mentir pra mim.

Pára! Chega.
Fique longe dos meus desejos!
Fique longe dos meus surtos de cobiça!
E leve essas desculpas esfarrapadas com você.
Pensando bem, leva tudo. Não deixe nada aqui.
Como posso querer me identificar com um Passáro Azul,
se o seu telefone ainda está na minha agenda
Ele ainda é uma peça essencial,
no alfabeto de coisas que eu deixei pra trás.

Eu só sei que foi embora
Pelo encomodo, não existe mais
Nem quando você tenta.

Me dê sua mente por alguns instantes
E tente não pensar em nada
Você é bom nisso
Inverter movimentos, girar argumentos ao seu favor.

Quais lembranças?
Essas.
Você as quer de volta?
e por quê?

Se você pegasse e sumisse...
mas não.
Sua nostalgia me assombra.
Me deixa completa.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Entender?! nem tenta.

Então eu comecei a falar baixinho e pela minha surpresa ele se calou, e me escutou com cuidado.
“Tudo isso que voce fez, eu já fiz. Cada insulto dito, cada frustação demonstrada, cada verdade incoveniente jogada na cara. Tudo. E vai por mim, não da certo. Isso é o que ele quer ouvir para poder se reafirmar como frio e calculista. Ele passou da epoca que consegue se auto afirmar assim. Agora, ele precisa escutar tambem. A verdade é que ele realmente é frio quando quer, mais é um doce quando sabe que não tem ninguem olhando. Chora quando está sozinho e desabafa quando está inspirado. Sem precisar de hora pra isso, sem precisar de momento ou clima. Ele simplesmente fala quando quer falar, mais nunca escuta. Então, nem tenta. Pelo contrario. É só carinho o que ele quer, tranquilidade. O problama é que pessoas como voce não estam preparadas para entender mentes desorientas e confusas como essa. Complexos, sim. Distantes, instigantes, sinceros. E sabem mentir como ninguem. A difereça minha dele? Kkkkkkkkkkkkkkkkkkk, boa pergunta.”
Turbulencias. Sempre as turbulencias. Bastava alguns copos de vinho, algumas olhadas vazias e não nos rendiamos a solidão. Falavamos ali de amizade, do passado, de coisas sem sentido. Sedendo ao jogo de sedução, sempre a mesma carencia. Nem precisavamos daquilo, nem estavamos ali por escolha. Destino? Não, não. Nunca precisamos de disso. É a gente mesmo pedindo mais, pedindo um pouco mais de vida. O ar tenso que eu conhecia tao bem. E olha que eu nem tenho mais paciencia pra isso. No fundo, no fundo era só um pedido: não me deixe sozinha está noite. Não hoje, não agora. Por favor.

Mais a cama sempre fica vazia, grande e fria.

Tenho que ficar aqui, exatamente onde eu estou. Sem fugir, não de novo. Sem cometer erros, sem demonstrar fraquesa.